Este é o debate que instiga qualquer um que faz música ou simplismente é um ouvinte ativo.
Pra mim sempre tem um interesse maior por trás do atrazo, algo de obscuro que consegue manter o sujeito em frente a sua TV, passivamente vendo e ouvindo as piores coisas do mundo, pois cozinhando o cérebro do "homer simpson" afasta a ameaça de um cidadão consciente de seus direitos e deveres, antenado, politizado, sabendo escolher melhor o que ouve, vai também saber escolher melhor seus governantes, aí ficaria dificil manter-se no poder.
Falo isso por conta do "AI-6" datado de 1988 onde o então presidente e até hoje dono do Brasil "JOSÉ SARNEY" consegue de forma arbitrária concessão de várias emissoras de FMs a seus aliados e afilhados políticos e dessa forma (assim como o bolsa família é voto comprado legalizado) instituiu-se o "JABÁ", que é aquela verba que precisa ser paga pra que a música toque o dia todo, em todos os lugares, te enchendo o saco!
Daí a indústria cultural consegue legitimar falsos artistas e simplismente parar a carreira daqueles que não se adaptam ao sistema.
É uma espécie de ditadura; velada, silenciosa, hipócrita e não menos devastadora.
Quem está na cena independente (96% da produção cultural brasileira) não tem acesso às mídias de cultura de massa nem espaço em locais adequados ás apresentações, além de serem explorados por donos de casas de shows, festivais de música e bares, que remuneram muito mal (quando remuneram) ainda cobra preços abusivos de ingressos e bebidas, elitizando o evento.
E o artista marginalizado ainda tem a falsa impressão que a internet vai salvar o mundo, fazer o "milagre" acontecer do seu trabalho chegar até o povo.
Desolador? Eis que tenho notícia de um cidadão (RAFAEL CASTRO) que resolveu arregaçar as mangas e partir pro ataque literalmente, invés de ficar chorando pitangas.
Chegou até mim, esse link, eu repasso à quem (músico ou não) se interessar...
Muito bom! Importante essa crítica e mais ainda essa ação. Artistas do mundo, uni-vos!!!
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