Já se vão três anos que esse disco chegou aos meus ouvidos, Satolep Sambatown do Compositor Gaúcho Vitor Ramil e do percucionista Marcos Suzano é um trabalho de música brasileira contemporânea, delicado, cheio de nuances e sutilezas tanto nos acordes invertidos e afinações alteradas do Ramil, quanto na percussão acústica-eletrônica climatizada de Suzano, revelando de forma magistral a atmosfera sulista e a força das letras do Ramil.
A invenção de duas cidades imaginárias;
Satolep (do Ramil) e sambatown (do Suzano) ambientam as canções da estética do frio.
Livro Aberto, Invento, Copo e Tempestade, Astronauta Lírico, entre outras mostram um poeta - letrista inspirado, aqui ainda tem a participação da cantora Kátia B e parcerias com o uruguaio Jorge Drexler inaugurando uma nova ponte na música da fronteira, as milongas aqui ganham um ar sofisticado e o samba aparece vez por outra de forma diluída, transgênica, original. É dicícil um trabalho experimental conseguir soar tão palatável , instigante e prazeroso ao mesmo tempo.
O disco ganhou o prêmio TIM de 2008 e o Açoreanos.
O que me chama atenção é como um trabalho desse quilate passou despercebido, não apareceu nas tradicionais listas de melhores discos do ano das revistas especializadas, não tocou nas rádios, não teve a repercussão merecida, então venho aqui tentar corrigir uma falha comum de nossa época e dividir com quem lê esse blog e gosta de música a conhecer esse disco.
RECOMENDO!
http://umquetenha.org/uqt/?p=2924
Maravilhoso. To viciado neste disco e agora me tornei fã do Ramil, to baixando todos seus discos.
ResponderExcluirE realmente, não dá pra entender como um trabalho como esse passa despercebido.