O ovni que aterrissou sobre nossas cabeças no ano de 1994 causou mais estranheza pela proximidade do que pelo inusitado.
Chico Science e a Nação Zumbi joga a última pá de cal no moribundo Rock Brasil. Os anos 80 e seus principais expoentes já não mais davam no couro, Paralamas, Titãs, Ultraje, Legião. Kid Abelha, todos agonizando já com cara de flash back. Os anos de 1990 começaram tenebrosos, uma onda bizarra de bandas covers no lugar das novidades.
Eu estava numa boate em Goiânia chamada "Casa Nostra" quando as alfaias começaram a tocar, guitarra a la Hendrix e algo entre o RAP e a embolada anunciava "A CIDADE" de Recife com suas ladeiras e pontes, urubus e lixões, coletivos e automóveis, policiais e camelôs.
Ali eu senti que uma nova era se apontava!
A familiaridade com temas cotidianos de sua aldeia era tudo que a geração anterior renegava, porém
CSNZ era Pernambuco falando para o mundo! Nele cabia Jamaica, Londres, Montown, Brooklin, Zona da mata, o quintal de casa.
Comparados aos Tropicalistas os caranguejos com cérebro se armaram de baixa tecnologia pra criar groovies, loops, riffs, levadas, ritmos e poesias pra um universo de literatura de cordel com sotaque carregado de orgulho. DA LAMA AO CAOS fecha as portas do rock balada e aponta pra caminhos pouco explorados na música brasileira.
Planet Hemp, Mundo Livre S.A. O Rappa, Mestre Ambrósio, Raimundos, Lenine, Pedro Luis e a Parede, Otto, Dj Dolores, Racionais, são alguns dos nomes que apontam nesses novos caminhos. Mas além dos contemporâneos, abre-se o leque da diversidade que vai da música eletônica, regional, das misturas esquizitas, da MPB, da black music, Dub, pipocam por todos os cantos.
Sai o eixo Rio/São Paulo e Pernambuco volta á tona de maneira gloriosa.
Organizar o passado é uma evolução musical!
Luis Gonzaga, Capibe, Caju e Castanha, Jackson do Pandeiro, Alceu, na linha evolutiva!
O Capiberibe cruzando com o Mississipe em águas tão similares, tão próximas parecia impensável.
A dominação Hi-Tec de Chico Science começou gravando umas fitas k-7 da Nação e repassando no porto de Recife onde marinheiros que por lá desciam pra beber e namorar as prostitutas nos quartos improvisados, chocavam com aquela musica ouvida nas jukebox entre Reginaldo Rossi e Amado Batista.
Laboratório mais que popular pra testar o poder de fogo do manguebit. Em pouco tempo CSNZ gravam por uma major seu manifesto e outras partes do mundo ouve o eco.
Chico morreu aos 30 anos de acidente de automóvel indo de Olinda pra Recife pra tocar no trio elétrico de Alceu Valença no carnaval de 1997. Deixou dois discos fundamentais e uma lacuna na recente história da musica brasileira.
Chico Science e a Nação Zumbi joga a última pá de cal no moribundo Rock Brasil. Os anos 80 e seus principais expoentes já não mais davam no couro, Paralamas, Titãs, Ultraje, Legião. Kid Abelha, todos agonizando já com cara de flash back. Os anos de 1990 começaram tenebrosos, uma onda bizarra de bandas covers no lugar das novidades.
Eu estava numa boate em Goiânia chamada "Casa Nostra" quando as alfaias começaram a tocar, guitarra a la Hendrix e algo entre o RAP e a embolada anunciava "A CIDADE" de Recife com suas ladeiras e pontes, urubus e lixões, coletivos e automóveis, policiais e camelôs.
Ali eu senti que uma nova era se apontava!
A familiaridade com temas cotidianos de sua aldeia era tudo que a geração anterior renegava, porém
CSNZ era Pernambuco falando para o mundo! Nele cabia Jamaica, Londres, Montown, Brooklin, Zona da mata, o quintal de casa.
Comparados aos Tropicalistas os caranguejos com cérebro se armaram de baixa tecnologia pra criar groovies, loops, riffs, levadas, ritmos e poesias pra um universo de literatura de cordel com sotaque carregado de orgulho. DA LAMA AO CAOS fecha as portas do rock balada e aponta pra caminhos pouco explorados na música brasileira.
Planet Hemp, Mundo Livre S.A. O Rappa, Mestre Ambrósio, Raimundos, Lenine, Pedro Luis e a Parede, Otto, Dj Dolores, Racionais, são alguns dos nomes que apontam nesses novos caminhos. Mas além dos contemporâneos, abre-se o leque da diversidade que vai da música eletônica, regional, das misturas esquizitas, da MPB, da black music, Dub, pipocam por todos os cantos.
Sai o eixo Rio/São Paulo e Pernambuco volta á tona de maneira gloriosa.
Organizar o passado é uma evolução musical!
Luis Gonzaga, Capibe, Caju e Castanha, Jackson do Pandeiro, Alceu, na linha evolutiva!
O Capiberibe cruzando com o Mississipe em águas tão similares, tão próximas parecia impensável.
A dominação Hi-Tec de Chico Science começou gravando umas fitas k-7 da Nação e repassando no porto de Recife onde marinheiros que por lá desciam pra beber e namorar as prostitutas nos quartos improvisados, chocavam com aquela musica ouvida nas jukebox entre Reginaldo Rossi e Amado Batista.
Laboratório mais que popular pra testar o poder de fogo do manguebit. Em pouco tempo CSNZ gravam por uma major seu manifesto e outras partes do mundo ouve o eco.
Chico morreu aos 30 anos de acidente de automóvel indo de Olinda pra Recife pra tocar no trio elétrico de Alceu Valença no carnaval de 1997. Deixou dois discos fundamentais e uma lacuna na recente história da musica brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário