domingo, 13 de março de 2011

TODO CARNAVAL TEM SEU FIM

Deixa eu brincar de ser feliz!
Entoando Los Hermanos como um mantra em minha mente, era tudo que eu queria no carnaval.
Só que estar em Goiânia nessa época e querer aproveitar a folia é uma tarefa das mais árduas.
Tudo bem, nem sou assim tão chegado a muvuca, não vou atrás do tiro elétrico, não dou xilique se a Beija-Flor levou na barbada mais um título e muito menos me interesso em ir pro interior do estado participar da mais bizarra criação goiana; "O carnaval do som automotivo" regado a pancadão e música sertaneja; argh!! Queria estar em Recife naquele carnaval cheio de opções musicais interessantes...
 Mas a grana (como sempre) tava minguada e eu tinha que me virar com o pouco de opção que restou, mas até São Pedro deu uma forcinha pra que minha situação piorasse; chuva, chuva e mais chuva, o tempo inteiro! Eu motoqueiro fulião, hahahaha, que situação!
 Em casa zapeando a tv entre Bahia /Pernambuco /São Paulo/ Rio, vejo o povo se divertindo aluscinadamente, umas gostosas semi nuas, aí não dá, desligo a tv e saio de casa a procura da folia perfeita!
 Tudo bem, alguma coisa a mais me incomoda alem do meu "estado" geográfico ainda tinha um plus no meu estado emocional alterado, como o silencio que prescede o esporro, a musa do meu carnaval saiu pra desfilar em outra escola. Eu pierrô apaixonado tentando de qualquer maneira sambar na dança da canção incerta!
 Entre o carnaval dos amigos no Café Nice (onde me embriaguei e quebrei meu cristal), o Galo Goiano no Taberna do Ogro em que eu tava no bloco coró de pau, (na maior cara de pau) tocando tamborim em falsete, o Carnaval dos Tambores regado a ijexá na comunidade do SPL, e as Bohemias do Geras com um par de amigos meus, tava a minha angústia carna-valeska poposuda e uma nostalgia amarelada de lembrar do carnaval de 2010 tão inesquecivel.
 Ah conhecer novas pessoas é sempre bom, Gilberto, um abraço e obrigado pela hospitalidade, pelo clube da esquina, pelo chopp brahma, pelo CÊ do Caetano, Phono 73 e todas as pessoas que ali fizeram o carnaval com a melhor vista da cidade. Mais ainda ao Roney que me salvou, me levou pra essa confraria e outras putarias.
 O samba no DCE, marchinhas e aquela frase batendo com outra conotação em meu cerebelo "mais de mil palhaços no salão"!
 Debaixo de chuva, com a maquiagem de pierrô borrada,  fantasia era a capa de chuva e a canção era essa dos Los Hermanos, deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz.
TODO CARNAVAL TEM SEU FIM.

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