sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A ERA DOS FESTIVAIS

Resolvi postar na íntegra ess post abaixo do Zeca Camargo por se tratar de um documentário importantíssimo pra quem gosta de música popular brasileira. Os anos de 1960 chegou ainda exalando bossa nova, ganhando o mundo com a batida única do violão de João Gilberto, as harmonias sofisticadas de Tom Jobim e as letras que falavam do amor, do sorriso e da flor de Vinícius de Moraes. Mas eram anos de chumbo que se desenhavam e então essa não seria a trilha sonora ideal.
 A história da MPB se confunde com a história do Brasil nesses anos, e a partir do golpe foi um período fértil e perigoso pra cultura pop que engatinhava por aqui.
 Nomes como Elis Regina, Milton Nascimento, Geraldo Vandré, Edu Lobo, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Mutantes, Tom Zé, brotavam e colocavam suas canções em competição nos Festivais da TV.
  Uma época em que tudo foi construído, desconstruído, criado, dito, cantado. Sobrou pouco pra se fazer em música popular depois de roda viva, sabiá, domingo no parque, alegria alegria, são, São Paulo, Ponteio, Disparada.  A música Brasileira atingiu o auge criativo, a forma de protestar contra o regime militar fazia com que esses artistas driblassem a censura como se fossem garrinchas da canção e por isso mesmo muitos foram exilados.
Mas o ano de 67 parece ficção, as canções que chegam na final do festival seriam definitivas pra canção popular do Brasil e até hoje com uma força absurda, intuitiva, instigante, apaixonada, técnica e bela.
  Eu comecei em festival competindo, na adrenalina louca, no sofrimento de ser julgado, mas foi nesses festivais que conheci meus grandes amigos que viraram parceiros de canções, Anthony Brito, Diego de Moraes e agora Paulo Monarco. Estrelas de primeira grandeza que viram a possibilidade de somar idéias em nome da música! Por isso e pela paixão que acontece nesses eventos é que eu sei o quanto valeu a pena estar lá! Assistam ao documentário.

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